Por Daniel Hunter
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13 fev., 2020
1 - Adquirir um relacionamento diário com o instrumento Este é um fator muito importante. Estar em contato com sua guitarra diariamente, mesmo que seja por alguns minutos, pois isso vai fazer você ganhar o hábito de tocar e fazer com que sua evolução seja mais natural. Independente de quanto tempo vai praticar, mais vale 30 minutos por dia do que 7 horas um dia por semana. Quando a prática é diária, o estudo vai além do instrumento, pois passamos a pensar em música e ouví-la de uma forma diferente com a evolução da nossa percepção. 2 - Conhecer o braço da Guitarra além dos shapes Nós guitarristas temos uma facilidade, pela anatomia do instrumento, de poder transpor exatamente o mesmo desenho de uma escala para uma escala de outra tonalidade. No piano, por exemplo, isso é impossível. A anatomia deste instrumento tão completo faz com que você tenha que saber cada desenho da escala e cada nota. Por isso, é comum ver guitarristas em uma alta performance técnica se baseando pelos shapes, mas sem conhecer realmente as notas do braço. Isso em uma próxima fase do instrumento como a formação de acordes, empréstimos ou improvisação gera um abismo entre a técnica e o entendimento. Uma dica importante é saber todas as notas até a quinta casa e ir evoluindo aos poucos, é extremamente importante para o entendimento de formação de acordes e suas inversões. 3 - Diminuir a velocidade Para ter uma performance de alto desempenho leva-se muito tempo, pois quando estamos tocando, temos, além da dificuldade motora, a dificuldade de tempo de encaixar notas, acordes e pausas. Tocar numa velocidade baixa vai te dar uma oportunidade de analisar cada movimento da mão direita e esquerda e cada nuance de uma forma mais clara. Os melhores guitarristas usam esta abordagem para o som sair com clareza e presença , fazendo com que cada nota seja ouvida com perfeição independente da sua velocidade . Uma dica muito importante é estudar frases usando o metrônomo e avançar a velocidade ao longo da evolução das suas frases. 4 - Ter um Repertório Muitos guitarristas (principalmente os de Rock) estudam milhares de fragmentos e ferramentas melódicas para adquirir técnica que, por sua vez, leva-se muito tempo, mas se esquecem de tocar canções, de decorar músicas além de shapes, saber tocar canções simples e dar outras cores aos acordes é muito importante, pois em 90% do tempo não estamos solando . Tocar músicas inteiras e prestar atenção nas passagens, na introdução, entender a sua forma, o A, o B, o C, prestar atenção na questão rítmica e nas pausas. Parece trabalhoso, mas vamos por partes. Uma dica é entender melhor as músicas que você já toca, tocar ela cada vez melhor. Outra dica é tentar tocar as suas músicas favoritas, pois o estudo de análise pode ser cansativo então tocar algo que gosta neste momento é muito importante para o seu envolvimento no processo de evolução. 5 - Seja a melhor versão de você mesmo No mundo da guitarra passamos a vida ouvindo guitarristas, cada um com uma técnica que se olharmos agora seria impossível, ter foco no estudo é indispensável para sua evolução, analisar e ouvir também. Uma das coisas que atrapalha muito o guitarrista nas fases iniciantes e intermediárias, é a comparação com outros guitarristas em relação a técnicas, velocidade e outros recursos. Isso pode gerar uma frustração muito grande e pode ser um obstáculo muito grande para o estudo. Cada músico irá desenvolver a sua musicalidade ao longo do tempo, e cada um terá o seu jeito único de tocar (inclusive você), então é muito importante analisar a sua evolução pessoal e estar sempre criando motivos musicais independente do nível técnico que esteja. Estude escalas, frases, acordes, músicas e ferramentas como: slides, bends, ligados e palhetadas, mas toque de uma forma que tudo soe confortável. Uma ótima dica é desconstruir alguns de seus solos ou músicas favoritas, tocar de uma outra forma e desenvolver motivos diferentes de algo que você já toca.